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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Beldes volta a criticar obras do BRT



No uso da tribuna na sessão ordinária desta segunda-feira (07), o vereador Beldes Ramos (PT) tratou sobre o projeto do BRT e da Zona Azul em Feira de Santana. Antes do pronunciamento do petista, o edil Edvaldo Lima (PP) teceu críticas ao Poder Executivo, que foi defendido pelo líder do Governo, José Carneiro Rocha (PSL).

“O líder não sabe mais o que fazer, em três anos a cidade está um lixo só. Eu nunca falei que sou contra o BRT, mas sim contra o projeto que vem sendo posto em prática pelo Governo Municipal, que é bem diferente do apresentado no Ministério das Cidades. E, por conta do corte das árvores da Getúlio Vargas, Feira de Santana já está atingindo a temperatura de 45 graus. Este projeto já nasceu morto e as Defensorias Estadual e Federal entraram com liminar para suspender as obras”, disse Edvaldo, se direcionando ao líder José Carneiro Rocha (PSL).

Em defesa do poder público municipal, Carneiro lembrou que o colega Edvaldo já fez parte da bancada do Governo e aplaudia as obras realizadas pelo Executivo. “Quando se elegeu, ele traiu o Governo do qual foi eleito para ficar ao lado do prefeito. Batia palmas para Ronaldo e, agora, está dizendo que o Governo é ruim. Já começou errando com o grupo político que se elegeu”, avaliou.

Iniciando o pronunciamento, Beldes Ramos elogiou a manchete publicada no Jornal Folha do Estado, intitulada: “Defensoria Pública da União ajuíza ação contra BRT em Feira”. “Esta ação esclarece os por menores daquilo que questionamos em relação às obras do BRT. Não somos contra este projeto, mas contra a forma como ele está sendo executado”, disse.

O petista apresentou as possíveis irregularidades do projeto. “Há irregularidades no procedimento de financiamento adotado pelo Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal; não houve análise efetiva e adequação da legislação municipal aos preceitos do Estatuto da Cidade e da Política Nacional de Mobilidade Urbana; investimento de R$ 90 milhões ocorrerá em área central da cidade, de apenas oito quilômetros de extensão, um espaço que já é beneficiado com equipamentos urbanos e estrutura de transporte e sem contar que passaremos 20 anos endividados e o problema da mobilidade não será resolvido”, pontuou Beldes.

Para o oposicionista, com esta postura das Defensorias Estadual e Federal não há mais argumentos de que a oposição está fazendo manobras para que o BRT não aconteça. “O BRT tem que ser feito, mas se for do formato que está acontecendo só irá prejudicar a cidade. E ainda temos a Zona Azul, que no projeto diz que a Getúlio Vargas será explorada, mas da Vila Olímpia até o Emec só tem três via: uma de estacionamento, uma que será do BRT e apenas uma para o trânsito de veículos. Prova de que as coisas não são incongruentes”, afirmou.

Em aparte, o vice-líder do Governo, vereador Marcos Lima (PRP), argumentou que o BRT foi idealizado através de estudos e que ficou apontado que o melhor lugar para ser executado é mesmo a avenida Getúlio Vargas, por conta do grande fluxo de veículos.

De volta com a palavra, Beldes afirmou que o colega não conhece o projeto do BRT. “Os estudos feitos são direcionados pelo prefeito. O projeto inicial contemplava da avenida João Durval até o bairro Tomba, locais onde as pessoas mais precisam do transporte público. O projeto não tem sentido se for feito na Getúlio Vargas”, findou.

Mantendo a defesa, Marcos Lima informou que o projeto do BRT começa na Getúlio, mas irá atingir outros bairros.

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