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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Prefeito amansa sindicalista, acaba com estado de greve e retarda redução da carga horária


O humor colérico presente no discurso do líder sindical Germano Barreto, quando esteve na Tribuna Livre da Câmara Municipal de Vereadores na manhã da última quarta-feira (02) não o acompanhou quando, com uma comissão de professores, esteve em audiência com o prefeito José Ronaldo de Carvalho no pôr do sol daquele mesmo dia. E daí surge a indagação: qual o resultado deste encontro?Bom. Ao que parece, o prefeito da cidade conseguiu amansar o sindicalista, acabar com a paralisação e ainda esticar em 90 dias (até 2 de julho, Dia da Independência da Bahia) o prazo para avaliar apenas a proposta de redução da carga horária, em sala de aula, dos professores. Outros elementos da pauta de reivindicação como a reestruturação das escolas e o plano de carreira ficaram em segundo plano.
No que tange ao cumprimento da lei do piso nacional, garantido pela legislação em vigor, Germano disse, na Câmara, que queria o retroativo a janeiro de 2014. Já com o prefeito, a APLB parece ter esquecido deste retroativo e se preocupou com o vindouro (janeiro de 2015) mas não convenceu o prefeito, que chegou a propor começar a pagar no último ano do seu mandato. “(...) Estaremos cobrando o pagamento do piso para janeiro de 2015, pois a prefeitura fez uma proposta inicial para 2016. Mas isso é uma coisa que depende da arrecadação. O prefeito deixou bem claro”, afirmou, ontem, Germano ao portal Acorda Cidade, depois de assembleia realizada em um restaurante no Centro da Cidade.O recuo da APLB causou repercussão nas redes sociais, sobretudo por este posicionamento assumido pelo líder em dizer que o prefeito foi bem claro, que para cumprir a lei do piso vai depender da arrecadação. A professora Vivian Nery publicou em sua rede social o seguinte:
A APLB é acusada de se render e recuar na luta, quando deveria avançar
“O mesmo sindicato que apresenta uma posição avançada na "Casa da Cidadania", fora hoje, o mesmo que discursava sobre o recuo diante da resposta evasiva de um governo autoritário e intransigente. Recuar num momento onde a insafistação popular ecoa: golpe no IPTU, e onde esse mesmo Governo tenta atrelar os ganhos da categoria mediante aumento na arrecadação do município, e no mínimo uma atitude ingênua, para não dizer pelegagem. APLB NÃO ME REPRESENTA!!!
Comentando o resultado da assembleia entre a categoria e o executivo municipal, a professora Márcia Rocha também manifestou sua indignação com a APLB e publicou: 
“(...) diante dos embates lamento o resultado da assembleia de hoje. Saí de lá com sentimentos como revolta, raiva e vergonha de ver minha categoria recuar diante do discurso de derrotado da APLB (induzindo a categoria a recuar) e compreendi mais uma vez qual o papel desse sindicato que nos afunda cada vez mais (...)”.

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